segunda-feira, 21 de junho de 2010

Medéia, invadiu o Guairinha em Curitiba nos meses de maio e junho de 2010




Sábado 17 de junho tivemos (eu e minha Ro) o prazer de assistir, testemunhar e viver; Medéia de Claudete Jorge e sua Ama, de Helena Portela.

O texto base é de Mário Kury, que traduziu do grego para o português, textos dos grandes escritores, filósofos e historiadores Gregos.

Medéia trata basicamente do ódio sobre-humano que cai sobre a personagem que após ajudar Jasão a conquistar muitas ações (objetivando ter em mãos o Velocino de Ouro) é traída em amor. Medéia acaba com a vida de Creonte (pai da noiva de Jasão), da noiva e de seus dois filhos com Jasão e após isso foge no carro do Sol.

A interpretação de Claudete (Medéia) e Helena (Ama) vivem assombrosamente o sentimento trágico do texto, a dor, remorso, ódio, dissimulação e frieza de vingança.
Ricardo Garanhani é o responsável pelo cenário e figurino. Criatividade, simplecidade e funcionalidade valorizaram os efeitos, muito bonitos volume, luz, e sombras.

Tudo desenrola-se no diálogo das duas personagens, qua do Medéia já está farta de tudo e resolve acabar com tudo e todos (Jasão, Creonte, Egeu, Preceptor, Mensageiro, Filhos e Coro) suprimidas em adaptação, que objetiva mostrar a força da subjetividade feminina imersa nos sentimentos presentes na obra de Eurípedes.

É um privilégio mais de 2400 anos depois ver um trágico desses com tão bela representação contemporânea, ainda mais tamanha fidelidade ao texto.
Aqui os meus parabéns a Claudete e Helena e os meu respeito ao trabalho das duas.

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